Eu — acho
que tinha uns vinte e quatro anos quando fui a um baile, como tinha gente
naquele baile, era de impressionar, rolava ali naquele clube tanta imundícia
que só vendo para acreditar.
Lá
estávamos eu e um amigo que tinha conhecido há pouco tempo, não sabia nada da
vida dele, ficamos conhecendo no trabalho, me convidou para ir ao clube, como
não tinha conhecimento dos lugares, também não fazia muito tempo em que eu
morava ali, o que tem de errado.
Pensei; e saímos para a festança do
final de semana.
Se eu
soubesse que era daquele jeito nem de casa tinha saído “já na entrada”, não vi
coisa boa, lá dentro então tinha um cheiro estranho, mas como não conhecia nada,
para mim aquilo era um cheiro e nada mais.
Como eu dancei naquele dia, largava uma,
pegava a outra e que mulherada para dançar daquele tanto eu nunca tinha visto
por onde passei.
Lá pelas
tantas me deu vontade de ir ao banheiro, vi lá dentro, muito cara doidão
falando esquisito todo cheio de gíria, nem dei bola para aquilo.
Meu amigo. “Que
eu achava que era amigo, tinha sumido, mas para mim estava bom de, havia tanta
mulher que ele perto ou longe não ia fazer diferença”.
Sai do
banheiro e volte para mesa, sentei, logo em seguida chegou ate mim duas garotas
e pediu para estar ali, lógico que não ia falar um não.
—Não sabia o
que viria depois—.
Nós ali
batendo papo, conversa para boi dormir, parecia que uma estava interessada em ficar
comigo, não era nada disso.
O papo cada
vez mais afluindo, eu ate dancei com elas, notei alguma coisa diferente, mas
não me importei com nada.
“Quando se
é jovem não preocupa com nada, não está nem ai, quer mesmo é roseta, á hora ia
passando e nada de meu amigo chegar”.
Também com
duas mulheres bonita em minha mesa, não estavam nem ai mesmo para meu amigo.
Ali pelas
três meu amigo chegou — disse que tinha saído com uma mulher é ido a um motel, ele
sentou apresentei elas para ele.
Meu amigo
as cumprimentou, tudo parecia normal.
Assim que
meu amigo terminou de cumprimentá-las logo deu apresamento nelas de ir
embora.
Às quatro horas terminou o baile, eu tinha um caminho e meu
amigo outro, fomos juntos até a esquina onde separamos.
Andei uns quinhentos
metros ate chegar ao ponto, ainda era muito sedo, eu tinha que esperar até as
cinco horas, horário de inicio da linha do ônibus.
Sentei naquele banco a espera do ônibus, não tinha ninguém
por ali, dei um cochilo.
Sem eu notar de onde
vinha, eis que surge em minha frente três rapazes e uma das moças que estava
comigo no clube, a safada ainda até me saudou.
Não deu tempo de nada, chegaram
me dando pancadas chutes tomando o pouco de dinheiro que tinha no bolso, levando
meu relógio e meu tênis de marca.
Apanhei mais que
vira-lata no quintal do Pit Bull.
Sem dinheiro longe de
casa, nem me lembrava do telefone deste meu amigo de serviço, comecei a
caminhar tinha em mente o rumo de casa e por onde o ônibus passava, eu ia fazendo seu trajeto.
Gastei das cinco horas da manhã até o
meio dia e meio, cheguei arrebentado com o rosto todo inchado a barriga doendo
às canelas todas roxas de tantas cacetadas.
Na segunda feira foi trabalhar com o
rosto roxo e todo dolorido.
O que mais me deixou chateado com tudo
aquilo foi que na segunda feira ao pegar no serviço aquele meu amigo, me
perguntou como eu tinha me saído do assalto.
Mas como!
Se eu não
tinha comentado com ninguém, como ele ficou sabendo, não posso julgar, mas acho
que ele faz parte daquela manada, pois havia sumido por quase toda noite e ele
sabia que tinha um relógio bom e estava com aquele dinheiro no bolso e além do
mais ele era muito estranho.
Daquele dia tirei duas conclusões uma
nunca confiar em uma pessoa sem antes estuda-lo e a segunda conclusão foi que a
males que vem para bem se eu tivesse continuado com aquela vida, também de louco,
freqüentar e aproveitar enquanto é tempo.
Quem sabe
se eu não teria ido por caminhos malucos que poderia ter me desviado do certo..
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