Eu sempre adorei meu chão, chão
do meu pisar, do meu freqüentar,
No meu lugar tinha de tudo e nem precisava comprar.
Quem é criatura da campina vai de tudo que falo recordar
Bem atrás da cordilheira o raio do sol em
formos diferentes que coisa linda seu brotar.
Com o cantar dos passarinhos que bonito
ainda faziam nos despertar
Sempre
muito gostoso na madrugada ouvir o galo cantar,
Sempre
bem cedinho leite quentinho vindo do curral pra se tomar.
Um
poço no elevado, para quem gostar de pescar, talvez ainda esteja lá.
Em cima do paiò varas arriadas para peixe pegar
Um cavalo branquinho bem
equipado machador para uma volta dar.
parava frente ao chiqueirão
para ouvir o porco roncar.
Subia
na porteira para ouvir o boi berrar,
Que
bom o cachorro campeiro sair
para caçar
assim foi toda minha vida naquele lugar.
Quem ia lá ao meu pequeno recanto sentia
vontade de ficar,
na sala dependurada havia espingardas
para quem gosta de caçar.
Tinha grandes amigos que sempre eu
convidava para ir a minha chocha passear
Sempre afinada uma viola para quem gosta
de cantar e tocar.
Na varanda do lado do curral redes
amaradas para o abatido descansar
Se lá chegasse ao meio do ano encontrava lotado
todo o pomar.
De abril a outubro garapa e rapadura um
melado com farinha para se tomar.
Os amigos da cidade sempre lá apareciam
para descansar
Se foi a infância a mocidade chegou a velhice
nem vi passar.
Estou triste me encontro aqui, não vou
resistir isto não é meu lugar.
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