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quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

Revisor de textos

Revisor de textos

Revisor de textos é o profissional encarregado de revisar material escrito com o intuito de conferir-lhe correção, clareza, concisão e harmonia, agregando valor ao texto, bem como o tornando inteligível ao destinatário ― o leitor. Este profissional deve trabalhar em consonância com o autor do texto original, de forma que as intervenções propostas respeitem o desejo deste e não alterem em demasia a sua intenção.
 “O revisor se define não por seus conhecimentos, mas por seu perfil psíquico”.
A revisão é mais que uma profissão: é uma neurose. Esta neurose se caracteriza como uma espécie de sacrifício consentido (desejado) pelo revisor; é um tributo à saúde (qualidade) da edição.
O revisor se oferece, sempre, em sacrifício à Deusa do Idioma, portanto, todos aqueles que se dedicam a esse ofício nunca serão normais. Para o revisor, o importante não é o que ele sabe, mas o que ele está consciente de não saber ou, pelo menos, não saber totalmente, e que por isso exige permanente verificação. O revisor não lê como todos os demais homens leem, ele fotografa a palavra visualmente.


O exercício da profissão do revisor pode ser descrito, perfeitamente, como uma 'leitura angustiada'. “O seu trabalho é, justamente, evitar que todos os outros seres humanos necessitem fazer essa leitura angustiada.”
Em determinados contextos, o revisor pode tornar-se o profissional encarregado de analisar criticamente um texto escrito, não só do ponto de vista ortográfico e gramatical, mas também com o objetivo de apontar sugestões para aprimorar a estrutura textual.
Uma boa revisão literária, por exemplo, leva em consideração a possibilidade de realização de uma leitura mais clara, concisa e harmônica, agregando valor ao texto.
Em muitos casos, o revisor pode tornar-se um coautor do texto, a partir da proposta de melhorar a argumentação quando for necessário.
No entanto, o revisor de textos deve respeitar os limites de sua intervenção, não sendo recomendável interferir de maneira resolutiva no conteúdo do texto sem consultar o autor original a respeito das alterações propostas.
A autonomia para esse tipo de intervenção cabe apenas ao editor, que lida diretamente com o cliente, autor do texto original.
Existem quatro tipos de intervenções que podem ocorrer durante o processo de revisão e de interação com o produtor do texto:
Revisão resolutiva: o revisor intervém diretamente no texto, com o objetivo de preencher lacunas e solucionar problemas, sejam de ordem formal ou de conteúdo.
Revisão indicativa: o revisor indica quais são as alterações propostas, porém não realiza as alterações, deixando a critério do autor do texto acatar as sugestões ou não.
Revisão interativa: o revisor realiza um diálogo com o autor. Ocorre normalmente em situações em que é preciso uma maior reflexão sobre trechos do texto que tenham ficado obscuros ou que podem ser aprimorados, de acordo com a visão do revisor. Por isso, há a interação entre as partes com o intuito de chegar ao melhor resultado.
Revisão classificatória: o revisor utiliza uma classificação para diferenciar e destacar os diferentes tipos de inadequações.
Para realizar uma revisão de qualidade, além de consultar ferramentas (dicionários, gramáticas) que sustentem as correções realizadas, o revisor precisa conhecer a diversidade dos gêneros textuais e adequação da linguagem para cada gênero, bem como saber respeitar as características estilísticas inerentes a cada autor.
O revisor de textos deve dominar as regras gramaticais da língua padrão do texto, bem como atentar para a redação, revisão de provas, revisão de padrão (ou padronização textual) e revisão gramatical. O revisor trabalhará com uma enorme variedade de materiais: em geral, textos técnicos, científicos, acadêmicos, jornalísticos e comerciais (revistas, jornais, livros, manuais, cartas, relatórios, apostilas, teses, monografias, tabelas, gráficos, transparências, folders, entre outros), que, na maioria das vezes, serão publicados.
É importante ressaltar que, para uma atuação ampla na profissão, o revisor precisa conhecer alguns fundamentos de linguística e de análise do discurso, já que alterar o texto do outro requer sensibilidade. É necessário que o revisor compreenda como o autor do texto revela sua voz no trabalho em revisão e respeite a sua autoria, pois, por meio da escrita, cada indivíduo revela muito sobre a sua maneira de ser, de dizer e de pensar. Assim, o grande desafio no trabalho de revisão é contribuir para a melhoria do texto sem descaracterizar a voz do autor.
O profissional em revisão de textos, geralmente, possui formação superior em Letras ou Jornalismo. No entanto, há profissionais de revisão formados em áreas diversas, uma vez que, atualmente, é possível encontrar ofertas de cursos de especialização latu sensu em Revisão de Textos.
Na cultura anglófona, algumas das competências desta atividade são apelidadas de copy-desk, termo que foi usado por muitos jornais lusófonos nos anos 90 (mas tem caído em desuso).
Define-se a revisão de texto como as interferências no texto visando a sua melhoria. Essas mudanças podem atingir palavras, frases ou parágrafos e ocorrem por cortes, inclusões, inversões ou deslocamentos. A pessoa encarregada desta tarefa é revisor de textos, cujo papel é verificar, com o editor da matéria, o orientador ou coautores, se há erros de ortografia, se a matéria está corretamente direcionada aos factos citados, entre outros. Tratando-se de um processo de autorrevisão, as mudanças são feitas pelo próprio autor sem a ajuda de um colega ou do revisor.
O revisor exerce uma função essencial nas áreas de Jornalismo e Edição, nas quais a revisão é parte do processo de elaboração do produto final (jornal, revista ou livro), bem como na finalização do trabalho acadêmico. No entanto, muitas empresas jornalísticas reduziram ou mesmo eliminaram as equipas de revisores após a introdução da informática nas redações, como se os corretores ortográficos pudessem suprir a sua falta, o que está longe de ocorrer.
É recorrente a ideia equivocada de que a revisão de textos se restringe à correção de aspectos gramaticais. A revisão vai muito além da simples correção, pois a coerência interna e externa do texto deve ser observada. Entende-se como coerência interna a adequação da língua ao gênero textual. O texto literário, por exemplo, não poderá ser revisado com os mesmos critérios utilizados na revisão de um texto acadêmico: enquanto aquele admite o uso de linguagem mais informal, e até mesmo coloquial este exige o uso de linguagem formal. Vincula-se à coerência interna o princípio da não contradição, que consiste em se evitar afirmações que se contradigam ao longo do texto. Como coerência externa, entende-se a relação do conteúdo do texto com a realidade extratextual. Por exemplo, o uso de conceitos no interior do texto que não se compatibiliza com determinada realidade constitui um rompimento da coerência externa.
Raro também é que as instituições de ensino e pesquisa estejam dotadas de revisores de textos.
Qualquer texto deve ser submetido a diversas fases de revisão; as primeiras e a última pelo próprio autor, mas outras pessoas devem rever o trabalho para que os diversos tipos de problemas sejam reduzidos ao mínimo.
O autor, devido à sua familiaridade com o assunto e proximidade ao texto, ou mesmo por incompleto domínio da linguagem escrita, comete quase sempre lapsos e equívocos que ele próprio não identifica em sucessivas leituras do seu trabalho. Mesmo os orientadores acadêmicos,formalmente responsáveis pelo acompanhamento da produção, pelos mesmos motivos, estão sujeitos a tais enganos e lapsos.
Os revisores profissionais trabalham melhor se o texto lhes for entregue “pronto”, inteiro, de forma que depois de revisado não sofra mais modificações. A última fase será a conferência por parte do autor das interferências do revisor, para verificar se suas intenções e ideias foram corretamente interpretadas.


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