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quarta-feira, 28 de maio de 2014

Besta Fera Noturna.

Besta Fera Noturna.
Em meados de um tempo não conhecido, talvez acontecesse o fato a ser dito e narrado por muitos antes, em um arraial ou mesmo em uma colônia de moradores rurais do outro lado do mundo, jamais foi dito com certeza onde começou/ou mesmo se foi verdadeiro.
Uns dizem que foi uma tragédia em uma pequena família, outros sim dizem que foi a maldição lançada por um deus Satã, conta se que em algum lugar não notório, uma linda moça criatura de espetacular beleza se sentia muito triste e só por não ter ninguém a seu lado.


E isto se dava por ser muito bela, com tanta beleza os moços se afastavam de vergonha ou mesmo acharem que eles não eram suficientemente compatíveis para ela, assim fugia sempre quando por perto ela chegava.
A linda moça era de tal perfeição que não existia quem dizia o contrario, todos que a conhecia ficavam encantados e notoriamente se curvava perante sua divindade e beleza.
Pela formosura que a recebera em seu nascer ela deveria estar sempre animada ou mesmo contente com tudo, não, não a moça mesmo sendo da mais perfeita perfeição trazia no olhar tristeza e lagrimar.
Todos que a via nem notara sua agonia, pois ela nem sempre passava aos olhos a solidão que carregava dentro do íntimo a não ser sua melhor amiga Negrinha, que sabia de tudo.
            Negrinha era sua melhor companheira, as duas sempre juntas mesmo contra o que a família impunha, pois eles jamais aceitaram o apego das duas, nem por decreto a moça de beleza incalculável separa da pequena pretinha de sangue nobre.
Aquela pretinha tinha um sangue nobre não por vim de uma família de endinheirados, mas sim por ser culta em compreensão e no entendimento de tudo.
Ela a Negrinha era de um dom divino de dar inveja, por isso à moça de divindade e beleza, mesmo sendo de sangue de tom diferente querendo ou não sua família ela mantinha a grande amizade pela pretinha.
Era de causar manifesto naquele tempo, onde jamais se viam misturar as raças, pai e mãe sempre enlouquecidos com o fato da filha de grande beleza estar andando com a Negrinha.
Em algumas ocasiões frente à moça o pai amaldiçoava tanto a filha como sua amiga, a mãe ate tentava não influenciar muito, mas no intimo não permitia aquela amizade de duas moças de planos diferentes.
Ela por dias ficava tristonha, mas jamais deixaria aquela amizade com sua melhor amiga de muito tempo.
Por vezes quando ouvia o amaldiçoar do pai ela entristecida saia indo para a beira da lagoa, ficando por horas mirando seu lindo rosto no espelhar da água.
Aquela tristeza que trazia em seu olhar por não ter ninguém que a compreendesse fazia com seus olhos sempre permanecesse em um lagrimar, principalmente quando a frente do refletir da água parada da lagoa, quando avivava o vento e as marés em linhas passavam seu olhar tornava-se quebradiço.
Certa vez o pai da moça não agüentado aquele conflito dentro de si por ver a filha sempre junto com a Negrinha manda fazer uma tocaia para a mocinha,
O caminho sempre era o mesmo quando ela vinha ou ia da casa da moça, por isso o senhor pai da beleza planeja a execução, seus capangas escondem-se em uma moita e na travessia da Negrinha eles a matam com cacetadas de pau Candeia.
Aquelas pauladas foram tantas que a Negrinha ficou completamente destruída, seus ossos dissolveram como que se moídos em moinho d - água.
Deixaram a Negrinha jogada na barranqueira toda arrebentada, ate que alguém a o achou e como não existia cemitério a enterraram ali perto na curva da cava morta, onde colocaram uma cruz com alguns dizeres, eis com o tempo os familiares fizeram uma mini-cabana.
Aquela mini-cabana servia para muitos como amparo de chuvas ou mesmo dos cansados que estavam indo ou voltando de algum lugar.
Ali na cabana colocaram em cima de um balcão de pedras uma escultura da moça negra feita em madeira branca, onde muitos na época diziam que via no entrar da noite a Negrinha circulando por dentro do casebre sem porta.
            Com a morte da Negrinha a amiga se tornou ainda mais triste, pois sabia que algo estranho tinha acontecido com aquela sua amiga, quase toda tardinha ela ia a cabana conversar a esmo.
Certo dia sendo em uma quinta feira e na data que completava um ano em que a pretinha foi morta, sua amiga a moça de beleza incalculável adentra a cabana para mais uma visita e quem sabe conversar ao acaso, mas foi grande sua surpresa quando notou mesmo ainda estando do lado de fora que lá dentro tinha um vulto circulando.
A moça sendo de coragem adentra mesmo assim e fala com aquele vulto quem não lhes da resposta alguma, muito conversou com aquela figura sem obter nada em troca sai ainda mais chateada com o acontecido, sabia ela que era sua amiga que estivesse ali.
A moça passa o resto do tempo daquela noite sem dizer nada a ninguém ate que no outro dia de manhã vai ao lago e faz um pedido ao léu, olhando seu semblante no espelho da água.
Um sussurro como que sendo de uma voz vindo do além assopra algo em seu ouvido, dizendo, lhes darei o mundo se tu ficares para sempre comigo.
Enlouquecida a moça levanta e sai um pouco sem rumo, como poderia ser aquilo, sempre fizera pedidos aos céus para que tudo desse certo, mas agora tinha uma proposta em seus ouvidos da qual não sabia o que seria.
Uma proposta vindo do além, será para ter um casamento ou coisa parecida, retorna ao lago e novamente pergunta o que seria.
No espelhar da água vê não mais seu rosto e sim uma figura de um misturado animal com humano, aquele formato era de assustar qualquer um que o visse, sua forma era completamente deformada, a moça imaginava que era com o balançar da água.
Sendo de muita coragem a moça pergunta o que seria aquela coisa estranha e imunda que lhe apresentava aos teus olhos.
Responde agora em som claro, se ficares comigo darei o mundo, se não quiseres sofreras de banzo como escravo no tronco sendo chibatado.
Ela ouvindo daquela coisa esquisita que não era nem bicho nem homem estas palavras, diz que jamais ficarias com um formato que só ela poderia ver e ainda mais sendo do mau, outra vez a proposta foi feita, ela novamente diz não e aquele misturado animal figura indesejável lhes diz.
Já que não queres não obrigarei, mas seu mundo será de insatisfação para além-túmulo e em todo aquele que tocar e sangue vierem serás ele fruto do mundo desconhecido, que darás seqüência sem finito.
A moça bela com sua mão balança o espelho d – água  para tentar não ver a figura estranha, mas nada adiantava continuava a vê-lo, mesmo estando de pé.
Como poderia ser uma coisa dessas, pensava a linda moça, pois ela mesma sendo de uma família de dote, jamais ofendera alguém ou mesmo o tinha ruindade para com outros e muito menos dentro de si.
Aqueles pensamentos a corroíam por dentro, mas o que fazer se nem mesmo sabia se aquilo que aconteceu com ela na beira da lagoa era verdade, voltou para casa.
Dias se passam e a moça não tirava da idéia aqueles pensamentos malucos, coisas estranhas a sua volta começavam a se dar, como ruídos forasteiros dentro do quarto ou mesmo ao longe de sua casa ela via vultos, ouvia sons.
Aquela moça estava ficando completamente enlouquecida com tanta coisa de ruim que vinha a seu redor, certo começo de noite não mais suportando sai procurando um lugar para se esconder do que ouvia em seus ouvidos.
Endoidecida praticamente correndo indo ao rumo da casinha feita para prestigiar a Negrinha, no meio do caminho encontra-se com um garoto de uns doze anos e este mancebo tinha muita imaginação por ela.
O jovem ao indagá-la por alguma coisa, ela o faz deitar se em pratica de volúpia selvagem, ali mesmo naquele capim rasteiro a moça e o garoto fazem sexo como animais ferozes e aonde ela fere toda a costa do adolescente.
Com aqueles arranhares em suas unhas grande pedaços de pele é grudado e por todo o lombo do garoto fica ensanguentado.
Ela se deliciava com o que estava acontecendo e o jovem nem percebia que em seu corpo marejava por todo ele sangue vivo.
Como animal fez tudo que era possível com o garoto, assim usou o ate o finalmente, quando já anoitecia e a lua cheia saia com um brilhar iluminador, terminado a moça sai em trajetória de uma mata onde com um cipó se enforca.
Por dias ela ficou no mato ate que os caçadores a o encontraram e desde aquele dia do selvagem sexo o mancebozinho não mais falou coisa com coisa e quando dá se lua cheia ele desaparece por sete dias seguidos.
            Muitos dizeres da época, uns contam que a moça bela e bonita poderia ter salvado a Negrinha da morte a deixando sua amizade avassaladora para traz, já outros dizem que as duas tinham certo amor em comum.
Com muitos dizeres ninguém sabe exatamente o que aconteceu, só sabem que apartir daqueles acontecidos o garotinho ficou estranho principalmente nas luas cheia, de onde muitos dizem que é daí que surgiu a Besta Fera Noturna.



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