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quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Viciados em música 13/02/13

Viciados em música
Dizer que a música é viciante, deixou de ser metáfora.
Um estudo da Universidade McGill, no Canadá, concluiu que o efeito da música no cérebro é muito semelhante ao causado pelas drogas psicoativas, pela comida ou até pelo sexo.
Para a grande maioria das pessoas, é inquestionável o prazer que sentimos ao ouvir música.



No entanto, um grupo de investigadores do Instituto e Hospital Neurológico de Montreal, da Universidade McGill, no Canadá, foi mais longe e garante que esse prazer pode ser quase equivalente ao transmitido pela comida de que gostamos pelo consumo de drogas psicoativas ou até mesmo pelo sexo.
O sentimento está relacionado com a dopamina libertada no cérebro.
Durante o estudo, que já foi publicado na Nature Neuroscience, a equipa recorreu ainda à ressonância magnética para pode perceber mais claramente quando é que dopamina é libertada e descobriu que esta experiência de prazer começa antes do momento de ouvir a música, só com a sua antecipação.


A equipa, liderada por Robert Zatorre, mediu a libertação de dopamina e o seu efeito, enquanto os voluntários ouviam música de que gostavam. Arrepios, aumento do ritmo cardíaco e da temperatura corporal são apenas alguns deles.
            Segundo o estudo, quando os participantes apreciavam uma música, o aumento dos níveis de dopamina aumentava entre 6 a 9%, quando comparados com os níveis normais.
Estudos anteriores referem que o aumento de dopamina quando há consumo de drogas psicoativas é de cerca de 22%.
Os cientistas explicam que "a dopamina é importante porque nos faz querer repetir comportamentos", ou seja, "é uma das moléculas que mais contribui para que as dependências existam". Assim, tal como acontece com a droga, a libertação desta hormona - enquanto se ouve música que "mexe connosco" - aumenta a euforia.
Imprescindível ou não para a nossa sobrevivência ou reprodução, está explicado o porquê de sermos tão "dependentes".
E "estes resultados revelam ainda o motivo pelo qual a música é utilizada para manipular estados de prazer, tanto em rituais como no marketing", explica ainda Zatorre, em comunicado.
Estes e outros resultados vão ser apresentados no simpósio "Music, Poetry and the Brain", organizado pela Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa. Quem estiver interessado em assistir, pode inscrever-se até 15 de Março.

            Dicas para viciados em música aqui
Viciado em música
Saiba você que, em alguma parte do mundo, haverá alguém ouvindo algo que não é desse século, ou lançado semana passada.

Saiba você que, em qualquer lugar do mundo, haverá alguém ouvindo algo muito antigo com a mesma efervescência que você está ouvindo aquela banda que lançou o primeiro álbum ano passado.

Saiba que, em qualquer lugar que você for, vai encontrar alguém que deteste seu próprio século - em matéria de música - e, por isso, só escuta música do tempo que se vivia nas ruas cheirando pó, tomando LSD e indo a shows do Velvet Underground.

Saiba que, em qualquer lugar do mundo, haverá alguém que não gosta da sua banda preferida, ou detesta a música da sua vida - e seus argumentos contra essa pessoa serão inválidos.
Porque gosto é gosto, e, algumas vezes, eles não são feitos para se discutir.

Saiba que, não importa onde você esteja, haverá pessoas que não foram feitas para engatarem uma discussão sobre música, política e religião. Para essas pessoas, saiba também que esses assuntos estarão sempre no marcador "não se discute". Não há algo na vida que não possa ser discutido. E isso inclui amor, religião, política, economia, mundo, e música. Muita música.

Saiba que, em alguma parte do mundo, haverá alguém ouvindo nada - ou ouvindo o silêncio, apenas. Saiba também que há uma diferença entre ouvir o silêncio e não ouvir nada: a falta de música não significa que você não a está ouvindo.
Afinal, mesmo que você escolha ficar no silêncio, ainda haverá música dentro de você, tocando sem parar, como uma vitrola que nunca desliga. A diferença é que, na vida, você pode desligar o rádio. Já na cabeça, não é tão fácil assim desligar-se de uma música.

Saiba que, não importa se no Brasil ou na Europa, Estados Unidos ou Japão, haverá alguém sempre com a cabeça cheia demais, pensativa demais, viciada demais para ouvir com cuidado, e absorver música.
E essas são as pessoas que você perderá seu tempo tentando discutir sobre alguma coisa. Elas estão perdidas no mundo próprio delas, presas a uma rotina onde ninguém ri ninguém grita, e a batida é a mesma de sempre: entediante.

Saiba que, não importa que álbum você escute, se ele foi lançado em 69 ou ano passado.
O que importa é a energia, a vibe que você sente ao ouvi-lo. Saiba que música não precisa ter época.
Música precisa ter feeling.
E se você sentiu aquilo enquanto ouvia aquelas guitarras rasgadas, ou aquilo outro quando escutou aqueles pianos delicados, aconteceu alguma coisa.
E, quando você menos espera, está lá, viciado em música.
Música que importa que faça sentido.
Que importa mais do que qualquer coisa nesse mundo.

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