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domingo, 15 de julho de 2012

Não vou sair 15/07/12


                             Não vou sair
Ela passa, eu fico sem graça, sufocado um pouco chutado.
Como um coitado, viro a cara para outro lado.
Vendo-a passar eu nunca falo nada.
Garçom desce mais uma e dependura ai.
O que eu ganhei tudo já gastei e não sobrou nada.
Com minha tara não consegui nada até agora.
Portanto fora daqui, já disse que deste bar eu não vou sair.
Tu, não ta com nada, eu trabalho.
Eu não sou otário, na minha búnda não vai ficar.
Faz o que eu faço, vais trabalhar.
Gasta o que eu gasto
Tenta com pouco se sustentar.
Sempre levo ferro, carrego tijolo, eu faço concreto.
Pela escada subo e desço dentro do meu trabalho.
Já lhe disse mais de uma vez, vai trabalhar.
Aqui eu quero ficar.
Quando me troco fico bonito, muito atrevido.
Estando limpo eu nem acredito.
Não vou sair ficarei aqui onde estou.
Vence o forte, fica o fraco.
Coragem eu vou depositar, ela vai passar.
Frente a esse bar, já disse nem pense, em me tirar.
Novamente vai atravessar, não vou sair daqui.
Não, não, não vou sair com ela tenho que falar.

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