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segunda-feira, 2 de julho de 2012

Falam e não praticam 02/07/12

Falam e não praticam
            Infelizmente, é essa realidade nos dias de hoje.
O uso do nome de Deus se tornou algo fácil e popular, afinal de contas, bater palmas para Jesus gritando que ele é a solução para os problemas é muito cômodo.
Muitos saem dizendo por aí que ele é a solução até para a morte, como se fosse uma fórmula mágica, mas ao mesmo tempo eu faço uma pergunta:
Como Ele pode entrar com solução em nossas vidas, se nós que somos o fermento, ficamos na maioria das vezes fora da massa?


A nossa relação com Deus deve ser conjunta, ele espera pela nossa participação e decisão de agir em nome dele, porém, fazendo o que ele fez e o que ele faria se estivesse aqui entre nós, caso contrário, estamos ignorando a importância do engajamento em ações que ajudam a transformar as estruturas do pecado e da morte.
            Infelizmente, hoje em dia em reuniões de muitas igrejas, se pronuncia o nome de Deus em demasia, principalmente quando se fala em demônios e guerras espirituais.
De tanto verem demônios e espíritos malignos em pessoas debilitadas física e emocionalmente, aflitas, desequilibradas, necessitadas e sem esperanças, acabam perdendo a sensibilidade de discernir o que é material do que é espiritual, e a capacidade de ver a realidade diabólica em que vivemos cheia de injustiça, maldade, vingança, ganância, egoísmo e desrespeito à vida.
A religião quando só fica nas palavras e não contribui para a promoção de mudanças na vida da comunidade, está apenas usando o nome de Deus em vão.
            Jesus enfrentou todos os mestres da sinagoga que exigiam do povo uma religião legalista e não se preocupavam com as angústias dos sofredores. “Que é mais fácil dizer: os teus pecados são perdoados, ou: levanta-te e anda?”
Palavras religiosas apenas não bastam, é preciso agir sim, em nome de Deus ajudando os caídos e prostrados a se levantarem e retornarem ao caminho.
Deus atua inspirando a ação das pessoas que nele crêem e o invocam através do seu nome.
            Jesus alerta aos que quer segui-lo, que é necessário passar pela porta estreita, porém não passará por ela os que simplesmente proclamaram discursos religiosos impressionando os fiéis com curas, milagres e exorcismos.
O principal é segundo a afirmação de Jesus: “Eu estava com fome e sede, nu, doente, preso... e tu me socorreste”.
            Usar o nome de Deus em vão não passa de discurso ou sentimentalismo religioso, sem conseqüência prática na vida.
Isso era exatamente o que Jesus censurava nas autoridades instituídas do seu povo (fariseus e saduceus):
 “Falam e não praticam”.
O apóstolo Tiago também fala a respeito da hipocrisia, escrevendo sua carta às comunidades.
            Deus tem nos alertado para que sejamos cada vez menos religiosos e mais humanos.
A fé não deve produzir primeiramente, imagens, discursos, instituições, hierarquias...
Mas uma conduta voltada para o amor, à solidariedade e a justiça, pois: “O Reino de Deus não consiste em palavras, mas em poder, poder de ação e transformação em prol da vida”.
O apóstolo Paulo também explica aos romanos, que o culto espiritual que é agradável a Deus, é o culto que não “espiritualiza” a fé, mas que a encarne na realidade.
O apóstolo João diz o mesmo: “Se alguém disser: “Amo a Deus”, mas odeia o seu irmão, é mentiroso; pois quem não o ama o irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê”.
            Que a nossa invocação do nome de Deus não seja em vão, mas esteja na boca dos pobres e necessitados que nos dirigissem para estendermos a mão e ajudá-los: “Bendito o que vem em nome do Senhor!”.

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