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domingo, 13 de novembro de 2011

Falando a Campesina

Falando a Campesina
Não sei como nossas duplas sertanejas de hoje não tem vergonha em dizer que são sertanejos.
Eu penso que estes meninos e meninas nem sabem o que quer dizer caipiras ou sertanejo; caipira ou sertanejo saíram do mato e com os matutos, marimbondos-caboclos de calos nas mãos fizeram duetos com seus instrumentos de cordas, cantando com todo jeito e pronuncia de campesinos.
Uma vergonha para nós que ainda estamos aqui dentro da campina e ainda com nossos costumes e dizeres.
Mas sei também que partiram para este lado para ganhar soma de cobres para satisfazerem seus desejos da louca vida de cidade.
Não deixaram o suor de sangue falar mais alto, estão agora com seus suores de ilusão de estar em primeiro lugar nas paradas e ter sempre a mídia a seus pés.
O campesino não evidenciava isto, eles, os que são verdadeiros do mato catavam alegria de um sorriso dentro dos olhos de seus ouvintes.
Ali naquelas vozes campineiras existia um som vindo do peito impulsionado pelo coração que batia com o sangue da compostura.
 Só de exemplo, ouçam o cantar de Zico Dias e Ferrinho, Laureano e Soares, Mandi e Sorocabinha e Mariano e Caçula.
Estes foram as primeiras duplas a cantar principalmente as chamadas modas de viola,   principalmente ligada à realidade caipira  ou então ouçam Zé carreiro e carreirinho, Zé do Rancho Zé do Pinho, Tonico e Tinoco, Craveiro e cravinho  ou mesmo o duo irmãs Castros e Cascatinha e Inhana e muito mais.
Sintam dentro da alma se o rural é ou não é por aí e não a ganha lucro de hoje em dia e aonde esta a goela?
Um caipira ou sertanejo tem por obrigação e dever ser mesmo campestre, a musica sertaneja veio do campo e não é com qualquer aumento de instrumentos ou ajuda de aparelhagem para dar efeito na voz que se pode dizer que é um cantor rural.
O cantador roceiro tem que ter alma, espírito, peito,   coração e garganta sem apagar uma vela encostada em seus beiços.
E ponto o resto é e é e mais nada que é. 

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