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terça-feira, 2 de agosto de 2011

Nervosinho

Nervosinho
Depois de um dia demuito trabalho,
Eu estava cansadoqueria em casa chegar.
Como era em outra cidade que me encontrava,
O jeito era ficar nabeira da estrada, uma carona esperar.
Já não tinha mais ônibus.
Depois de um longotempo de espera,
Um caminhão parou
Era meu conhecido memandou então entrar.
Com o pé na tabua
Saiu voando baixo
Meu corpo tremia,suava frio.
Meus cabelos searrepiavam
Percebi que omotorista não estava legal.
Muito nervoso quase que pedi para parar.
Tinha percorrido unstrintas quilômetros.
Quando ele me olhoue começou a falar.
Essa vida não vale nada.
Trabalho feito burrodia e noite.
Mas o que me vale àpena
É ter um filho quequer se formar.
Abri minha boca e perguntei
Ele é um bom rapaz.
Claro que é
Você acha que se elenão fosse.
Nós íamos ficar só atrabalhar.
Meu filho é tudo para mim e minha esposa
Para ele trabalhamossem parar e não deixar nada faltar.
Ali eu estava escutando e tremendo como vara verde.
Queria que eleparasse de olhar para meu lado,
E olhasse parafrente e parasse de falar.
Em um retão da estrada.
Outro caminhoneirovinha atrás ainda mais desesperado.
Passando por nósainda começou a buzinar.
Passa por cima seu desgraçado começou a xingar.
Um cara desses naestrada não era para estar.
Do jeito que estou.
Poderia fazer atétombar.
Eu pensava em meu canto que cara louco.
O caminhão passoupor nós
Então veio o aliviodei graças a Deus.
Pois no trevo de nossa cidade já estava para entrar.
Uns mil e quinhentosmetros faltavam para eu descer
Já estava bem maisaliviado meu sofrimento agora ia acabar.
Faltam três quarteirões eu pensava.
Mas quando umasenhora duns setenta anos com uma bengala na esquina ia atravessar.
Meu Deus aqueles três quarteirões transformaram-se na viagem inteira.
Ele por nenhum momento parou de xingar.
Sua velha porque nãofica em casa dormindo.
Na sua idade tem que morrer,
E os outrosatrapalhar.
Desgraça tem gente que não se enxerga
Onde se viu umavelha dessa com um pedaço de pau pela rua ficar a transitar.
Meu Deus esse cara édoido, eu pensava mais nada poderia falar.
E os três quarteirõesnunca acabavam e nada de chegar.
Que bom chegou, desci agradeci e na esquina toda a viagem eu fiquei a pensar.
Isso eram dezenovehoras daquele dia jamais da minha mente vai apagar.
O filho daquele motorista tomava ônibus para ir estudar.
Levantei no outrodia bem cedinho
Pois para outracidade tinha que ir
Sou vendedor, caronano trevo estava a esperar.
Alguém então vei me contar.
Sabe o que aconteceuesta noite,
O ônibus dos alunosperdeu os freios e na ribanceira saiu a rolar.
Tinha cinqüenta e nove alunos e o motorista
Ninguém sofreu nadasomente o filho do nervozinho saiu pelo vidro a voar.
Ficando em pedacinhos que quase não deu para juntar.
Nervozinho é omotorista com quem estive a viajar.
Deus me livre do mau pensamento,
Mas porque o serhumano não respeita ninguém
E não enxerga a lei.
Será que foi justamente para pagar.
Naquele dia volteipara casa e nem fui trabalhar.

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